Quem nunca jogou em uma máquina de fliperama?
Também conhecida como máquina arcade, trata-se de um
gabinete, geralmente feito em madeira, equipado com um monitor CRT, Placa PCB,
fonte e componentes do controle.
As primeiras maquinas tinham o jogo gravado diretamente nos
circuitos da placa, já as mais modernas produzidas para SNK, Capcom CPS2 e
Naomi tinham o jogo separado da placa em um sistema de cartuchos.
Estes gabinetes eram destinados a comércios, bares, lanchonetes
e casas de jogos, vinham equipados com sistema de fichas, mais tarde alguns shoppings
adaptaram para o sistema de cartão de crédito.
Eu já tinha jogado maquinas tradicionais da época, como Pac
Man, Street Fighter 2 e seus hacks, quando em meados de 1993 chegou no meu
bairro (no bar do Zé-do-toco) uma maquina de Mortal Kombat, cheia de polêmicas,
pois todo mundo dizia se tratar de um jogo proibido para menores.
A primeira vez que vi o jogo fiquei realmente impressionado,
parecia um filme! Personagens reais! Um som maquiavélico, até o barulho de
crédito que fazia ao introduzir uma ficha era de arrepiar! Sangue pra todo
lado! Um "negão" de máscara arrancando o coração do peito! Um Ninja
caveira queimando seu oponente vivo! Logo apareceram os viciados e suas manhas
(que eu aprendia rápido), o ninja verde na ponte, um bug que permitia você
ficar enterrado na tela e lutar contra o goro sem que ele te acerte! Jogo
odiado pelos amantes da jogabilidade e amado pelos sedentos de sangue e
fatalites!
Logo depois chegou nesse mesmo buteco outra maquina: Samurai
Shodown, Linda! Jogabilidade nivel 1000, gráfico perfeitamente desenhados,
espadas afiadas cortando na velocidade da luz, uma "bruxinha" como
mestre quase imbatível. Meses depois a maquina foi trocada pela sequência
Samurai Shodown 2, minha Samurai preferida até hoje!
Foi no começo de 1995 que chegou no "Bar do
Haroldo" a rainha dos arcades: KOF 94, cujo rank eu quase dominei até KOF
97.
Nesse mesmo bar eu me apaixonei por uma máquina de corrida: Cruis'n Usa da
Nintendo. Foi nessa máquina que eu aprendi a "pescar créditos", o
sistema era bem simples, amarrar uma linha na ficha e soltar somente o bastante
para ouvir o barulho do crédito, puxar a linha e soltar novamente, o único inconveniente
é que precisava de um amigo para tampar a saída de som da maquina, para que o
dono do bar não ouvisse a pescaria.
Hoje em dia é raro achar um buteco com uma maquina de
fliperama funcionando, no Shopping Internacional de Guarulhos ainda é possível
jogar algumas, principalmente KOF, mas não sei até quando elas resistirão.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBons tempos. Aqui onde moro ainda se acha em raros locais. Só 3 que se mantêm fiel como antes. Claro todas elas são alimentados por outros serviços como de lanches e bombonieres.
ResponderExcluirDeve ter uns 8 anos que não vejo uma maquina dessa em Ubá. (Thiago)
ResponderExcluirAs atuais não tem o mesmo charme das clássicas. Hoje elas descansam nos botecos dos piores bairros das cidades.
ResponderExcluirtaquepariu
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